na última vez que estive por aqui
nesse meio cor de rosa
envelhecido
o gato preto
de perto, de pertinho!
os textos
virtuais
ou nem tanto assim...
falei sobre passofundo, lembram, de certo
e cá estou num momento breve
breve feriado, aquele que a gente nem sabe
nem sabe porque é
por quem é
mas é dia que descansa
calmo e quase vil nas pequenas
cidades
chefe libera
redação não trabalha
passofundo à vista
15 horas de ônibus
incômodo e quente
da poltrona que não deita
da vontade de deitar
chega e fica e conversa e passa
o relatório de dois meses
o futuro
o que se pretende
o que se quer
eu quero.
só sei disso
o que
é que não dá
pra saber
talvez nunca se saiba
- esse que é afinal o mistério
e a graça
de tudo.
eu quero
os gatos
os pais
a ninhada de cachorros
ainda purulenta de ter nascido
o frio
a veiarada
gringos, gritam
fazem comida
bebem vinho
quero a grama e quero
o sentimento
quero sentir
sentir o vento gelado
no rosto branco
cortando o lábio
vermelho
fazendo nascer lagriminhas
que escorrem do canto
dentro do carro
o som ligado
uma voz distante
doce
que me diz rasgue as minhas cartas e
aí lembro lembro lembro
daqueles dois meses ou mais
não lembro
que fiquei sem
você.
que o peito doía
sem querer
sem saber
de nós dois e
ia
de mal a pior
lembra?
e sinto a vontade de correr
de ficar no relento
colocar a cabeça pra fora
deixar o cabelo
voar solto
no ar
que corta e aniquila
sorrir
ao ver de longe
o belo degradê
do por do sol
no cinza e azul céu que traz mais
.
.
.
domingo, 6 de junho de 2010
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