sábado, 19 de dezembro de 2009

uma


garrafa de vinho
tinto



sempre vem
acompanhada
com um tanto de


sentimento

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

de ti.

ontem queria escrever
sobre tudo
pensamentos
aqueles que vem
fartos
antes de dormir

vertiam
minha cabeça nao parava
via o texto
o blog, o formato, as cores
tudo muito perto
a filosofia
a sociologia
do mundo
borbulhando
lentamente

e
paulatinos
foram se indo
esvaindo-se de mim
tal como vieram
foram
e o texto
as linhas, teclado, palavras
ficaram distantes
longe demais pra serem vistos
e o sono tomou lugar

hoje
antes de dormir
a unica coisa que penso
que quero
e escrevo
e´ essa saudade imensa
que cresce
e se cria e se molda
aparece no piso do banheiro
no corredor da casa
nos passarinhos
carros, pessoas, coisas
cafe na xicara
camisola confortavel
em tudo
ela vem
forte,
e me lembra
voce.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

sobre talento

às vezes me duvido
cada vez um pouco mais
ou menos
depende do dia
do humor
do tempo

duvido agora
um pouco dos outros
mais de mim
um descrédito
sem fim?

desacredito
me desiludo
olho pra mim
me volto pra dentro
e fico
será que vai?
será que vou?
dar certo...
será que vai?
ficar bom...
será que vai?
...

dúvida.
hoje
mas só hoje
me duvido.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

about us, the pillows and the rain outside

but i'll be laughing
knowing i will take you home
there ain't no love like the one that i've got

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

nameless

a falta de fotos me incomoda.
de fotos juntos.
quase nenhuma.
duas na praça perto da tua casa.
somente.

a falta de e-mails me incomoda.
sabe? checar as mensagens novas,
a caixa de entrada vazia.
aqueles segundos procurando teu nome.
e nada.
as vezes penso que sou chata
que peço demais.
talvez sim.

suspiro.

unicamente
isso
me incomoda.
essa duvida
esse aperto que fica.
sensaçao ruim...

suspiro.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

i cant seem to make u mine through the long and lonely night and i try so hard darling ou make me jump into the air

com sono nessa quinta
cedo ainda
ainda tem noite pela frente
com amigas
e amigos

não consigo escrever

o corpo meio mole
sentindo o vinho no sangue
sozinha
esperando
te espero
espero a vida fluir em mim
a vida chegar quente
espero os dias correrem sem perigo
espero as teclas correndo nos dedos
fluidas
leves
ordinárias

espero ainda
tu
tu e tua vontade
tu e tua consideração
tu e o teu amor
que aflore e que desperte
a vontade em mim
de me
de mim

aquele entusiasmo
que eu já tenho
faz parte da minha natureza
pisciana, de menina
carinhosa, que tem amor
por ti

tanta coisa
os afazeres
as vontades
as contradições
brigas, chatices, cobranças minhas
e tpms inconvenientes
o cotidiano
esse tirano
esse doce
ditador
impede
veta
corta
cega
anula
o amor
a paixão

jogar xadrez contigo
ficar junto
abraçado
ou longe
conversando
no sofá, duro e confortável
aberto na sala
de pijama
bebendo vinho
esperando a pizza
quanto te devo? ah sim. faço essa.

tenho saudade
nostalgia do início
quem não tem?
do nosso início glamuroso
lindo
de conto de fadas
mas não consigo esquecer
desmerecer
ou minimizar
nosso hoje
o dia a dia
de uma rotina criada de quinta a domingo
poucas noites
alguns dias
um proto casamento
de sentimento

nossos gloriosos sábados
inesquecíveis
de tanta simplicidade
de tamanha complitude
e junção de dois
o mundinho fechado em nós mesmos
uma bolha determinada
tanto pelo tempo
quanto por nós mesmos
ou destino
esse que a gente acha que conhece

agora
22:09
sinto nessa noite
uma sensação de eterna espera:
começo o texto triste
revoltada
com a espera
com o desentendimento
a espera do dito celular
nem bem, nem mal
nem dito
a espera por ti
a espera pela tua memória
resolver cooperar uma vez na vida
e termino com um crescimento
o crescimento do disco do clientele
de músicas lentas e
de tempos nublados curitibanos
elas se tornam magicamente
novas
como se estivesse ouvindo pela primeira vez
descobrindo a américa...

seco os olhos
de lágrima e garoa
dou um gole
suspiro
todas as noites tem uma geometria estranha

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

infância ou saudade do tempo que eu corria e fazia aula de inglês

muita coisa acontecendo
pessoas passando
trabalhos da faculdade

o estômago leve
um pouco doendo
um pouco vazio

o burburinho da catina
não quero
o barulho das conversas e risadas
na sala da computação
tudo bem
antes da costura
da saia xadrez
ver os e-mails
te mandar uma carta de amor
:)

ter o brinco da vó na frente do teclado
o brinco de rosas
desbotado
cor-de-rosa
a rosa
com cor
dela própria
cor de bebê
tom pastel
o raminho verde
e as flores
rosas
rosas rosas
quase um retrato em sépia

e de repente
depois de vir
um trecho x
de faroeste caboclo
e é melhor o senhor
sair da minha casa
nunca brinque com um peixe
de ascendente escorpião
vem minha vó
minha outra vó
não a do brinco

vem a lembrança do hospital
da lancheria
da madrugada sem dormir
das escritas
os poemas!
no caderninho bem destruído
a nostalgia, o pensamento
o hospital cheirando
cheirando a alcool
as paredes brancas
o corredor vazio
só comigo e minha insônia

o chá de hortelã
pra acalmar e ajudar a dormir
e
foda-se
o café preto também
a paixonite da época
as ilusões
aspirações de ser uma grande jornalista
escritora
os sonhos
as preocupações
com a prova de matemática

uma época
une belle époque peut-être
de poesia
escrita, lida
o sofrimento meio intencional
sentido e
quase
induzido

e o som inóspito
solitário
de passos
ao longe
distantes da realidade
rápidos
ágeis
e
novamente
o som da minha insônia
a respiração
a volta pro quarto
pelos azulejos
o corredor ainda escuro
os quartos ainda calmos
quietos
todos em ventres
cuidados
frágeis

a porta pesada

e a vó dormindo
pequena
encolhida
rugosa
do tempo
do vento do sul
dos meses de trabalho
dos dias de vida
das cucas que me fez
das histórias que me leu
que nos leu
ali
nunca tinha a visto dormindo
em paz
tranquila
quase bem
de novo

puxo o lençol branco
como neve
como pluma
um pouco macio
geladinho da madrugada
como se pedindo meu corpo
meu calor
e deito na cama de acompanhante
de metal
meio dura
meio barulhenta
quase uma maca
de hospital
no hospital
que eu pensava
quando criança
que era do meu pai

fechei os olhos
e cedi ao pedido da outra vó
a do brinco
uma oração
santo anjo do senhor
meu zeloso guardador
me guarda
me protege
(e à vó)
me ilumina
que amanhã
tem prova de matemática
amém

segunda-feira, 6 de julho de 2009

depois que o vento levar

depois, tudo vira passado
e mesmo tendo falhado
essa é a verdade
falhei
não adianta
e nem precisa
amenizar
consolar
passar mão na cabeça
não vai servir de nada
nem pra ti
e muito menos pra mim

o consolo é falso
ele vem da pena
e só volta pra ela
é cego e surdo
e mudo na sua ignorância
grita mudo
agudo
dá voltas e de volta
volta
pra ela
pra pena

agora não preciso de nada
porque sei do meu erro
admito meu fracasso
não quero pena

compaixão
conselhos
nada disso
me quero
e quero sentir minha dor
que de leve
vai passando
indo com o vento
inexistente
nessa cidade de são paulo

quero ficar na cama
quero ficar
sem comer
por dias
se for preciso
e preciso
pensar
e repensar
analisar o que já foi
e o que ainda
será
quero voltar
praí
e também
quero ficar aqui
quero voltar
a ter certeza
de tudo
de mim
quero voltar
a acreditar
em mim
e a estudar cabala

quero me fechar
não pro mundo
mas só
em mim mesma
quero o miado
da dominique
me procurando no escuro
quero deitar no sofá
e esquecer que existo
que um dia existiu
tudo aquilo
que um dia existiu
a possibilidade
que não aconteceu
quero carinho
silêncio
ternura
e o teu colo
teu beijo e mão
e abraço apertado

e nada mais

pro final do dia
depois de lembrar
de tudo
e de muito até
levantar
e de novo
sair e olhar
o mundo
ouvindo o som das coisas
olhando as pessoas
com uma camiseta do coiote
e uma bota confortável
sentir o cheiro da tarde
a tardinha
o sol indo embora
e eu pensando
na saída
no fracasso
no dia bonito e quente
na listinha do mercado

e aos poucos
aprendo a
"deixar pra trás
sais e minerais
evaporar"

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Entrevista

Marketing pessoal, certo? Quanto mais se tratando do assunto moda.

;)

Me veja dando uma entrevista pro Oi Moda aqui.

Um beijo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

do feriado romântico ou a segunda-feira realista.

finalmente, um pouco de descanso. descanso do feriado, com muito filme francês, compras e frio deglícia. ainda regado a vinho, pizza e brigadeiro. quer mais? dormir. dormi muito, na cama, no sofá, mal levantava, tamanha minha sede de son(h)o. enfiada debaixo do cobertor, nem meu amor conseguiu acompanhar direito, levantava, caminhava de um lado pro outro, ficava no pc, assistia tv.
terminado o feriado, segunda-feira fria, calculista, robótica segunda que me exige, pede pelos meus pés andando pra lá e pra cá, limpando a casa, lavando roupa, cuidando da gata, fazendo trabalho da faculdade. e amanhã? tem mais, afazeres, dia a dia que me distrai, me tira dos eixos e me cansa. pelo menos por agora não preciso tanto mais de férias quanto precisava uma semana atrás. o ó feriado grandioso, significativo, salve-salve, realmente trabalhou em prol do descanso, do meu, do teu, do nosso.
mas a casa agora tão segunda-feira, fica tão vazia sem teu cheiro, longe dos teus chinelos, sem o pijama, sem teus óculos. sem o barulho do note ligado. sem serge gainsbourg choramingando num microfone longínquo francês de 1962. sem nossos comentários sobre os filmes da nouvelle vague. falta alguma coisa, a tua presença, falta nós ali de novo, faltam os momentos, todos os momentos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

o mesmo medo, o mesmo tremor, o pavor de te perder.

terça-feira, 21 de abril de 2009

aquela leveza de alma

por esses dias, desde sexta-feira, tô em visita à terrinha, passo fundo, na casa dos papis, sendo um pouco mimada. amanhã, porém, volto à garoa, à poluição, ao cinza, ao vento frio da paulista, às tarefas da faculdade, ao ônibus e tudo que minha rotina me reserva.

volto pra mim, volto pros meus deveres, pro meu amor, pra minha gata, pra amizade de queridos.

mas enquanto tô aqui e estive aqui em passo, vivi esses momentos, tentando seguir algumas palavras de osho, sem pensar em muitas coisas, esvaziando a cabeça, me concentrando em viver em passo fundo, por cinco dias. vários momentos foram bem bons, aconchegantes, felizes. o melhor deles, não por ser o melhor, mas por ter sido o que mais marcou foi no sítio, numa cidade bem próxima daqui, quando resolvemos fazer fogo no chão. meu pai e meu irmão fizeram, enquanto eu tava na cabana fazendo não sei o que. quando saí, já era bem noite, escura, sem uma nuvem no céu, só o contraste do branco miúdo e reluzente de muitas estrelas, e todas muito próximas uma da outra, com o fundo preto do céu. do cosmo. meu irmão me chamou pra perto do açude, onde tinha menos luz ainda e se podia ver melhor, por causa também das poucas árvores. ele saiu, fiquei ali sozinha. a distância que me separava do resto do mundo parecia infinita, sem poder haver volta, ou se outro mundo senão aquele nem exisitisse, só na minha memória. me senti flutuando num mar negro, com pontos luminosos esparsos, na solidão da sinfonia dos grilos. minha respiração parou, por um momento, pra sentir fundo o silêncio que se fazia pesado, envolvente. e fui acordada, segundos depois dessa eternidade, pelo meu irmão me chamando: mana! mana!

voltei pra perto do fogo, junto dos meus pais e meu irmão. quando caminhava, bateu um ventinho gelado na nuca, lembrando algo, acariciando e dizendo alguma coisa no meu ouvido. sorri, silenciosa.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

tudo que tu precisa é amor

mais um mês entrando, vindo a passo largo. entra sem bater, nem pedir licença. a rotina continua correndo, naquela luta desenfreada pra ver quem ganha, ou eu, ou ela. tarefas, curso, faculdade, trabalhos, limpeza, comida, gata, pulgas, remédios, comida, estudar, ler, trabalhos, ônibus, caminhar, vai, anda, vai vai vai!
às vezes me pergunto quando vai parar. ou melhor, SE vai parar. tenho um pouco de sono nessa manhã lânguida de sexta-feira. madeleine peyroux no ême-pê, entra na sala de computação. vou abrir o e-mail. depois leio mais a matéria da prova.
tira o óculos, de sol, aquele pra esconder as olheiras e que estava dormindo no ônibus.
o ônibus veio rápido até... pensa antes de entrar na sala.
homeless happiness... acompanha com os lábios a música. tira o aparelhinho cor-de-rosa da bolsa. desliga.
conversa com a amiga, com o amigo dela, olá, tudo bem, a matéria? gestalt, tranquilo. estudou? claro. vou dar uma lida depois.
senta. abre o e-mail. promoção da fnac, informativo irritante que nunca pedi, um e-mail de quem eu gosto. já sabia do e-mail, já tinha me falado que tinha me mandado o tal e-mail.
abre alguns sites bobos, um da federação espírita de são paulo, outro desse alguém que eu gosto. e o meu, pra atualizar.
e faço tudo isso, inclusive escrever o que lêem, ao som de "all you need is love", vindo do computador da frente, música com letra e melodia propícias pro momento. me tirou do automático, do zumbi sonolente que estava, e me deixou com um sorriso patético de canto de boca, olhos calmos, alma leve, feliz por simplesmente acontecer, ser, existir, ter, ir.
all we all need is love! :)

quarta-feira, 25 de março de 2009

dos últimos acontecimentos ou meu deus do céu, cara, o que foi o show do radiohead?

olha, faz tempo que não escrevo. sei disso. uma falta de tempo incrível chegou para ficar, o desespero das tarefas acumuldas vai vindo vagarosamente, e uma preguiça sacana também deu as caras.

minha vida anda bastante corrida, minha rotina cada vez mais atribulada e a sensação que eu tenho é de falta de espaço, de sufoco, de muita gente, sai daquiiiiiiiiiii!! tenho vontade de tirar uma semana de férias de tudo, da faculdade, das coisas, da casa, do curso, do sol, dos dias, do ônibus, das contas, do dinheiro inexistente, de ti, da domi, de mim, deles todos.

não consigo respirar direito, não dá tempo de puxar o ar. agonia.

e o radiohead? gente, foi uma das coisas mais maravilhosas que presenciei na vida... fiquei hipnotizada por um bom tempo, pela música, pelas luzes, as pessoas, os telões, de novo as luzes e a música. todo o conjunto parecia me transportar prum outro universo, relativamente conhecido. mas meio sonho, meio incompreensível, anuviado, ópio. sabe? os hermanos - foi meu primeiro show deles, então fiquei emocionadíssima, eles tocando lá, juntos, barbudos, mais sentimentaaaaais que eu! lágrimas. a única coisa que posso dizer.

kraftwerk foi aquela novidade - pra mim, at least - fazendo parte, ou melhor, dando start na loucura/maravilha/paranóia que eu ia entrar e continuar com radiohead. dancei com kraftwerk, prestei atenção no momento, nos sons, nos quatro paradinhos lá longe, nas luzes, nos efeitos, na machine machine machine machine machine machine machine machine machine maaaaaaachine.

foi uma noite (um final de semana, melhor dizendo) fora do comum, lindo, pareomundoqueeuquerodescer. agora, mal subi de novo e já roda ligeiro, inconsequente, sem esperar.

é isso, preciso ir, entrar de novo no ritmo. um beijo.

sábado, 14 de março de 2009

na quarta foi meu aniversário

e muitos me disseram oiiiparabénstudodebombeijos.
mas poucos realmente desejaram isso, a maioria foi por educação, pra mostrar que eles se lembraram do meu aniversário. fato é que o orkut lembrou, muitos nem falam mais comigo, e isso fica tudo uma puta hipocrisia. né? mesmo assim, obrigada. aceito o "tudo de bom" ao pé da letra e farei o possível pra ter de verdade tudo, tudo de bom, de ótimo, no meu ano. obrigada, obrigada.
por ora, nada de concreto que valha a pena escrever. estou calma, minha alma se encontra em paz. não sei se é por estar segura de mim, gostando de mim e da minha vida, do que tenho feito, ou por indiferença. não sei mesmo. mas é um sentimento pacato, que me deixa ir pra frente, progredir, nas minhas tarefas e comigo mesma, me possibilita fazer o que preciso e não somente o que eu quero. eu estou bem :) e tenho que ir no mercado comprar a ração da Domi que já terminou! e comprar a minha ração também, que não tem nada em casa...
é isso, gente. quero dividir uma foto com vocês, que peguei do site "we heart it", que é tipo um flickr, muito bom... achei linda, e é meio como tenho estado, ultimamente, acho. talvez um pouco mais reservada, um pouco mais introspectiva... http://weheartit.com/entry/408913
um beijo.

segunda-feira, 9 de março de 2009

como me sinto ou das coisas que sempre escrevo ou vocês já estão cansados de ler sobre nada

estive doente esse final de semana. não tanto quanto já fiquei, mas o suficiente pra me derrubar por alguns dias. pra voltar a me cuidar, da maneira que eu me cuidava antes. fisicamente falando... meu corpo é meu transporte. é meu meio de comunicação e contato com o mundo, meu envelope e minha proteção. faço o que quiser com ele, belisco, bato, adorno, pinto, limpo. e aí? alimento. e preciso alimentar bem, direito, não adianta só ter apreço por vacas, galinhas e afins. não basta tão somente comer da alface a verde pétala. se faz necessário o cuidado, a manutenção...
tive uma espécie de clarividência ontem. como explicar? como uma lucidez extraordinária, parecia ter saído de mim e olhado de cima esse momento da minha vida. meu cotidiano, as pessoas que eu convivo e as que deixei de conviver. tudo convergia pra uma conclusão. foi tirada... talvez de uma forma meio confusa, mas ainda assim, me sinto melhor agora. mais racional, talvez, mais forte. e to pagando pra ver no que vai dar, sabe? tudo, mesmo. me sinto completa. tenho a lucidez que me faltava e a felicidade. felicidade? não é bem isso, é mais que isso, felicidade é algo tão bobo e efêmero perto disso... acho que o inglês ajuda agora... "fulfillness". tipo isso... eu acho.
ainda confuso né? pois é... talvez eu não obtenha muito logo - ou nunca - uma resposta concreta. talvez isso que me faça ainda escrever. escrever... faço isso mais por necessidade do que vontade. já disse isso? já devo ter falado...
that's all. um beijo, um abraço.

quinta-feira, 5 de março de 2009

uma puta insegurança ou da pessoa que penso e sinto

me sinto confusa, cansada. e opressora. me sinto mal por isso... por apertar, oprimir, perguntar. mas não queria e nem deveria me sentir mal por isso, sabe? eu questiono. porque quero e mereço uma explicação. já tive outras explicações, não nego, outras respostas. já tava resolvido, na verdade. nós estávamos resolvidos. mas eu sempre volto praquele ponto inerte, é quase impossível não voltar, pra esse mundo de questões flutuantes, teimosas, onde só a solidão e o vazio me acompanham. sinto esse vazio, me sufocando gradativamente, indo contra todo o amor que eu tenho.
certa vez ouvi uma música que dizia assim... "pra que mudar? se tudo o que precisa tem um nome e um olhar? (...) a insegurança e aquele medo que te dá, igual à quantidade do amor que tem pra dar"
(suspiro. fundo.)

terça-feira, 3 de março de 2009

na madrugada insuportavelmente quente da minha são paulo

sonhei que andava em cima de arraias, mas chamava elas de enguias. era no fundo do mar, mas eu respirava. era tudo escuro, sempre um tom de verde musgo. as "enguias" gostavam de mim, me levavam a um monte de lugares interessantes... elas tinham rostos humanos, meio prostrados acima e à frente. e tinham todas o aquele tipo de "rabo" (?) cortado. tinha um deles que me disse que era gay. ele pintava os olhos com sombra fucsia e dourada. usava óculos...

porque me lembrei disso? ...
isso é importante? mas o que é realmente importante?

...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

a paz nos olhos, nos meus olhos

algumas pessoas me inspiram. não "hai" de dizer quem são. mas são, e me inspiram.

life is changing. my life is really changing. e por opção prróprria. crê? eu sim. eu acredito. eu acre-dito. e acho que é isso que me leva ao próximo passo, à próxima decisão. ao próximo emprego que quero ter. à próxima faculdade que vou fazer. ao próximo país que vou visitar. às próximas pessoas que quero conhecer. e quero conhecer o mundo todo.

me sinto bem... (um suspiro e um sorriso de canto de boca)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

nunca me senti assim tão terrivelmente miserável. tão mal e com vontade de vomitar na vida.
vontade de não ter mais vida, vontade de gritar muito alto e mandar tudo - tudo - se foder.

caralho, porque tudo tem que ser assim...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

nota a mim mesma

com um pote de sucrilhos açucarados - sublinha-se - ao lado, escrevo nessa maldita segunda-feira de carnaval. maldita menos pela falta do que fazer que pela solidão. solidão essa que eu mencionei incontáveis vezes, aquela ocre, maligna, que toma conta da alma e não me deixa fazer muita coisa. me amarra dos pés à cabeça, fico feito múmia deparando a solidão ocre. diferente da púrpura, ela só sabe o ódio, a angústia, a ansiedade. desconhece valores como carinho, compreensão, solidariedade. deus, até parece cartão de aniversário... ia falar "amor", mas não achei pertinente, visto que amor é um ato, não um valor. será?

hoje fiz poucas coisas, mas fiz bem, coisas boas de se fazer, mas hoje elas estavam difíceis. tudo parecia ter um peso fenomenal, precisava empurrar tudo, inclusive meu corpo fora da cama. do sofá cama, melhor dizendo, que, aberto, me chamou pra deitar nele e eu fui. e lá fiquei até quase duas da tarde, quando essa força descomunal, duzentas e dezenove vezes mais poderosa que eu, me sugava as energias, me puxava pro meio do sofá cama, pra parte mais macia, pro cheiro bom - aquele cheiro de dormir - no travesseiro. mas com pouca vontade - mais pra me livrar do peso na consciência de não ter feito nada o dia inteiro - levantei e fui ler. eu acho... devo ter feito qualquer coisa antes, mas o fato é que li. li ao som da chuva iminente e do ronronado da minha gata junto às minhas pernas. li em voz alta, li com o corpo, interpretei as páginas do livro como se imita alguém com muito entusiasmo. mas li pouco. li pouco, mas li bem. mas mas mas mas... sempre uma oposição, né? ao que se disse primeiro. sempre dois lados de uma situação, fato, acontecimento... sempre me contrario. uma contradição completa a pessoa, sabia? completa.

e então, depois da leitura que tinha que acontecer, amarrei o cabelo num coque baixo com o elástico que saiu da minha sapatilha cor-de-rosa de ballet. aquela que eu usei ad nausea pra dançar no grupo tanz, lá em passo fundo. aquela que eu gastei aprendendo o que é ficar bem com o próprio corpo, saber meu limites e saber que posso ir além do que achava que podia. quis lembrar desse tempo, como volta e meia faço, sozinha de cortinas fechadas. coloquei todos os fios pra trás, bem presos e lisos, e dancei. primeiro com a voz de ney matogrosso, depois ao som dos anos sessenta de brigitte bardot e, por último, vampire weekend. sem coreografia, sem uma linha definida, nada, simplesmente sentindo a música e interpretando do meu jeito.

é bom fazer algo sem roteiro, de vez em quando. ou sempre... sabe? fazer o que quiser, o que realmente quiser, somente sob tua influência e julgamento. precisei me esforçar, mas quando se chega ao ponto de entendimento da vontade própria, basicamente de saber com certeza o que se quer (o que eu acho sinceramente uma tarefa dificílima, visto que se sabe pouco, muito pouco, sobre nós mesmos) a alma atinge uma leveza indizível. mas é aquele instante, aquele segundo de lucidez extraordinária, que logo se perde no vazio, no pensamento, na tarefa, no miado, na cadeira, na guitarra, em distrações diversas. e isso que é bom, que seja raro e demande muito, porque se ele se fosse fácil e se mantivesse, cairia no ordinário e pouco importaria...

mas é isso. somente divagando por aqui, dividindo o sentimento/pensamento. que parece que podem se tornar uno. eu até diria que devem, porque se complementam... e no meu caso, ainda mais agora, com o coração confuso desse jeito...

um beijo.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

hoje

e ontem e amanhã.

tudo pacato. nunca vi são paulo assim... e aquela paranóia de não fazer nada no sábado à noite chega de vagarinho e se instaura, decidindo se apoderar da minha sanidade.

esse carnaval veio como uma onda maligna que me derruba master. aff.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

oi, me dá um cigarro?

e assim começou.

...

e a única coisa que posso dizer é que precisei olhar aqueles olhos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

sem assunto numa manhã chuvosa de são paulo. nublada e cinza.

...e aos poucos me desencanto gradativa e felizmente.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

parece cocaína, mas é só tristeza.

... e eu me atrevo a completar renato com a palavra "nostalgia". e outra ainda, saudade.

uma merda me sentir assim. esse sentimento. esse sentimento de... não ter, não possuir mais. não poder fazer coisas, como se eu estivesse atada. atada ao tempo, ao sentimento, a você, de mãos atadas... eu quero. mas não posso. puta sentimento traiçoeiro. e o pensamento piora tudo. e claro, a solidão e a trilha sonora também ajudam a criar as mais diversas sensações e estados de espírito. nesse momento, melhores, preciso dizer, mas antes tava FO-DA. aí fui tomar banho, um banho quente, um dos mais quentes que já tomei. parece que acalma, acaricia, acalenta. como um colo de mãe. a situação foi reconfortante, a água descendo pelo ralo, indo, indo, o vapor subindo e se perdendo entre a janela e as paredes de azulejos brancos. a dominique miando de fora, como se pra verificar que eu tava ali mesmo, se eu lembrava dela, e pra me avisar que tava esperando. e novamente a água, ou suor, ou lágrima, escorrendo pelo rosto e pelo corpo pra me abraçar.

e foi bom, e agora to aqui. curtindo minha gata dormindo no sofá, ouvindo legião, à meia luz, com as cortinas escancaradas pro mundo lá fora, sozinha. essa solidão púrpura, bem-vinda, a mesma que experimentei no bar aqui em baixo, com uma latinha de bohemia e as pessoas passando.

pra finalizar, coloco uma frase pescada dentro da mesma música do título - da banda que me abriu as portas para um mundo novo aos meus dez anos:

"muitos temores nascem do cansaço e da solidão". sabe?


e é isso. um beijo.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

sem assunto, só uma temível vontade de dormir ou das coisas que deixei em casa.

é incrível notar que quando eu sento na frente do computador, nada flui.

mais uma noite - e um dia - que passou em claro. em parte pelos pensamentos que não deixaram de atormentar, em parte pela dominique - minha gata (em breve, foto dela), que pedia (leia-se "exigia") carinho. aliás, ela é um doce :) muito bom ter a companhia dela, de verdade. adotei sábado, num casa na paulista que abriga um projeto que re-colhe animais das ruas, o "natureza em forma". e ela me escolheu! fui perto da grade e ela começou a ronronar, tal... tava me divertindo hoje vendo ela brincar com a bolinha nova que ganhou. uma gracinha! fofa.

bom...

agora, no sesc consolação, do lado de casa, usando por 45min a internet grátis daqui. vim comprar o ingresso pruma peça de teatro que vai passar nesse sábado. achei interessante, chama "prêt-a-porter". apesar de não ter a ver com moda, me interessou.

coisas mil aconteceram, veja bem... mas minha descrição tá fraca e preguiçosa, really... me limito a dizer que ainda há confusão na minha cabeça. e no coração. tá, não era pra rimar soando brega, mas anyway, rimou, foda-se. e é verdade. só escrevo a verdade, a minha, a que sinto. e tento traduzir em palavras. palavras... falhas palavras muitas vezes. ainda mais em um texto, escrito correndo, aos berros, assim, confuso.

mas.

não tem mais mas. é isso. e ponto final!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

hoje e essa semana que passou

muitas coisas se passaram pela minha cabeça. vontades, desejos. coisas em geral. pessoas.

tive vontade de escrever. então, escrevi de madrugada, sentada no chão frio do banheiro, sobre a minha falta de vontade de tomar caipirinha. e a minha vontade nostálgica de tomar vodca gelada com limão. mas acabei, por final, tomando uma latinha de bohemia em casa mesmo, ouvindo joão gilberto e conversando com minha mãe. a noite estava agradável e eu tinha vontades.

todas elas.

tive vontade de conhecer lugares. conheci. e de conhecer pessoas. conheci algumas delas, e outros seres especiais, uma delas que acabou de entrar na minha vida, e pra ficar, por um longo e maravilhoso tempo.

tive vontade de passear. passeei. por lugares de gramado, passo fundo, porto alegre e enfim, são paulo. lugares antigos. tive vontade de ver são paulo toda e vi. e gritei de lá de cima, que amo isso tudo.

um beijo.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

ai. ai?

o que é um ai, porra??

odeio ais.
odeio isso e aquilo e tu e tu também.
detesto minha vida nesse segundo.
detesto as peças malditas que ela me prega, filha duma puta.
me odeio agora.
odeio amar e odeio odiar.
tenho vontade de gritar alto, muito alto, mais alto que eu posso, que minha voz suporta.
quero parar de suportar.
quero viver, quero ser eu, quero ser frágil.
chega de força. não sou mais forte. não quero ser forte.
não quero café. nem vodca, nem porto alegre, nem são paulo.
muito menos passo fundo.
não quero nem eu mesma.
não me basto em mim mesma. não quero mais viver dentro de mim.
quero sair do meu corpo, branco, mole, que me enoja agora.
quero voar fora do mundo, quero parar tudo, quero FALAR.

QUERO FALAR.

QUE ODEIO. QUE AMO.

que sou humana, merda, e que me confudo, e que detesto tudo isso que me acontece.
que perco a concentração na minha vida e ME perco. saio dos trilhos, sigo outro caminho, outros rumos.
volto atrás, sigo adiante, oscilo entre o que eu quero e o que eu preciso. não sei o que é mais importante, sinceramente.
isso porque eu sou humana. HUMANA e totalmente perdida.
não quero ver ninguém, quero só gritar pro mundo acordar do sonho que vive.
do sonho que eu vivo.
e começar tudo de novo, me redescobrir, me achar novamente, novamente.
parar com essa coisa de amor. de alma. de coração.
não quero mais o fogo, o pesado, o duro, pra eu saber me suportar.
chega disso tudo.
quero coisas novas, quero começar do zero de novo.

quero chorar e quero colo. e quero amor. chega de sofrimento, por favor, destino, vida de merda, chega disso, to cansada demais agora pra ganhar outro tapa na cara.

quero desabar. de verdade. da verdade.
quero amenizar tudo, quero leveza.
quero plumas ao invés de pedras.

não te quero mais.
nunca mais.
agora chega disso.
não vou mais pedir.
já entendi que não me ama mais.
que não me ama mais.
e por mais que eu peça, ignore. me bata, bem forte, pra eu acordar.

quero outra coisa agora.
alguém que me dê amor.
esse alguém que me dá colo quando eu peço.
e quando eu não peço.
me dá casa, comida e carinho. e compreensão.
e cheiro.
por mais confusão que se passe na minha cabeça e no meu coração
sei o que eu devo fazer.
e te quero.
quero o "nós" acontecendo.
de verdade.

mas.
por enquanto.
me quero.
só não sei até quando.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

leveza

a alma fica gradualmente leve.
a minha, aquela que talvez seja pesada.
ainda não sei, ainda não conheço ela direito.
e contrariando milan kundera,
essa leveza não é insustentável, nesse momento ela é
indubitavelmente
bem-vinda.
tento não procurar o sentimento mais.
tento não entendê-lo.
mas também não quero...
quero outra coisa
quero ir e quero ficar
e me olhar mais
perceber as pessoas
perceber
o amor
alheio.

e quero a vida.
eu escolho a vida.

por mais que eu nem consiga dizer o que tudo isso significa, são só coisas do coração...

indecifrável.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

estado atual das coisas

porto alegre surpreende
vez em quando um lindo menino
vez por outra um fog londrino

martha medeiros

traduz... é. simplesmente traduz.

boa noite e um beijo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

boa noite

perceber certas coisas dói.
dói tomar consciência da solidão.
aquela que tu não quer. e nem sabe mais direito como aproveitar.
perceber o sentimento dói.
perceber o teu sentimento ali ainda dói. aquele que tu não quer mais nem ouvir.
perceber que o sentimento do outro não está mais ali dói. ainda mais, dói.
e dói sozinha, a ferida aberta, aquela que se cospe em cima e acha que cicatrizou.
aí de repente, com uma unha escorregada,
ou a toalha áspera depois do banho,
se arranca a casquinha, frágil, ainda avermelhada.
e volta a arder fundo, de novo, e sabe-se lá até quando.
dói sentir.
a falta que tu faz. e a falta que eu não faço mais.
dói lembrar que passa a cobertura completa da fashion week no gnt
e eu não estou lá assistindo.
e dói ainda mais saber que eu não quero assistir
e que o estopim do meu desisteresse foi tu.

dói não ser querida. dói não ser desejada. especialmente quando se deseja. dói, sempre dói, a solidão empurrada goela abaixo, como olhar por poucos segundos a cama vazia numa noite de sábado. e como diz bukowski sobre a cama vazia...

"
when you look at that empty bed
do not always consider it a defeat -
a sexual starvation, perhaps -
but there's more room to stretch the legs
and the arms.
there's room to consider and to think and to wait.
"

e é isso. continuar, caminhar, ir, frente, em frente, never look back, mudando o ambiente, mudando de expectativas, de esperanças. mudando de mim.

boa noite e um beijo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

hoje

fui assistir o filme "crepúsculo". aaaaam... sem comentários!

olha, lógico que não é nenhum clássico do cinema alternativo russo dos anos 30, mas a história é interessante e eu estou fragilizada, OK?!!? então, entendam, dramatic moment rolando aqui! tipo... ela é humana e ele é vampiro. se apaixonam, mas é complicado de ficarem juntos (por que será?) e ele quer comer ela. ou melhor, chupar ela. ou melhor, chupar o sangue dela. isso, vá lá... não é nada romântico, MÃS, o cara... bom... fato é que o cara é um fofo, simplesmente, lindo, maravilhoso, carinhoso, culto, dança, toca piano, sobe em árvores contigo nas costas, corre que nem condenado, te salva de morrer esmagada e ainda por cima aaaama ela. quer coisa melhor? claro, o "detalhe" é que ele é vampiro, só isso... mas foooora isso, ele é o máximo e toda mulher queria sim um vampiro daqueles.

uma frase dele, falando pra ela: "Bella... you are my life now!"

quase morri nessa hora. derretimento total, sério! e outra, rolou até um radiohead - do disco in rainbows deles - no final! muito bom... o figurino? bom... não era pra olhar pro figurino, e sim, os personagens, criar uma personalidade em torno daqueles personagens. então, as roupas se repetem e são roupas com pouca repercussão, basicamente pra dizer que ela - a bella - era uma guria que não tava nem aí pro que vestia e ele... hmm... ele também. mas toda a classe vampiresca era mais elegante, mas bem vestidos que todos os outros. interessante pensar sob esse ponto de vista, porque eles passavam um ar de superioridade em relação aos humanos, em todo o filme, e as roupas só ajudavam, destacavam esse ponto.

ou isso tudo é devaneio, sei lá. @@

e é isso, sem muitos detalhes, sentimentos, e tal, só fatos descritos...

amanhã, ou hoje, terá mais. provavelmente. um beijo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

foto.

da série "eu" essa foto do lado. ou pra ser mais específica "eu-não-sou-fotogênica-e-odeio-minhas-fotos-com-a-cara-comprida-e-tento-disfarçar-com-o-preto-e-branco-mas-mesmo-assim-me-autofotografo-ridiculamente".

é brilhante o que um ser humano faz quando tá com seu tempo livre, sensacional...

ainda me fascina

tudo em ti.
o dia tá bonito, ensolarado. o sol brilhando alto e quente, contrasta as coisas ao redor, explode as cores nos objetos, na grama, nas pessoas... como tu chegou a comentar ontem, oportunamente. e a coincidência fez o resto! mas de verdade prefiro o nublado e o frio, me aquecem mais, me confortam.

hoje... um dia normal. me sinto... bem, nem feliz, nem triste, nem procuro nada, nem ninguém. só estou aqui, nesses últimos dias na capital nacional da literatura, existindo. e a fashion week acontecendo!

ontem assisti o desfile da 2nd floor, grife "jovem" da ellus, e a inspiração era o antigo, os para-quedas, os aviões... e os modelos pareciam caminhar sobre as nuvens, por conta da fumaça de gelo seco (suponho) no chão. tinha uns balões brancos também na passarela, deixando tudo com cara de conto de fada, bem lúdico... e a trilha sonora ficou por conta de um pianista novinho chamado, se não me engano, vitor araújo. as roupas ficaram muito bem feitas, delicadas e com um toque quase infantil... os tecidos, os aviamentos, as lavagens, as modelos... tava tudo muito bonito.
chorei ao ver, achei tudo lindo, sensível, delicado. e tipo.. não foi o melhor desfile, mas foi ele que despertou em mim.. "algo". poucas vezes eu me dou conta do que eu faço, de como eu amo isso, sabe? de coração, é a melhor profissão do mundo! e o que dizer mais? a moda é maravilhosa, o sentimento que se tem de ver aquilo feito, depois de tudo que se passou, pensando, trabalhando "ad nausea", tal.. é incrível, não consigo achar muitas palavras, ou melhor, as palavras certas pra definir muito bem a sensação... e o que é a moda... pra mim.

mas acho que deu pra entender... um pouquinho.. é isso. ;)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

é, deus...

parece que vai ser nós dois
até o final
eu vou ver
o jogo se realizar
de um lugar
seguro
...
seguro-oooo

um pouco de mim

o frio bem vindo, o vento no cabelo... me devasta, me pergunta, me invade, interfere nos meus pensamentos. que estou só pra eles agora, sentimentos mudos no momento.
os pequenos pelos loiros do braço procuram calor e só encontram o espaço vazio, a praça às sete da noite, as pessoas anônimas. ao som de "la question" eu parei de ler poesia e com "ne me quitte pas" mudei de banco. esse frio só completa a lembrança dos dias solitários, os passados e os que estão por vir. essa sensação frágil, que qualquer "olá" alheio pode quebrar, de solidão querida, de estar comigo mesma e ao mesmo tempo de não me sentir sozinha, mas estar com tudo que me rodeia, as árvores, os prédios, os sentimentos, as histórias, o frio numb, o sino da catedral...
e até meu cabelo que faz minha visão oscilar e minha letra ficar toda inclinada pra direita.
algumas nuvens escuras no céu me fizeram perceber que começava "f... comme femme" no mp3. que me faz ter consciência que eu sou mulher, e adoro isso.
te contar uma coisa... eu tava com saudade de mim mesma.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

e me diz: pra mim o que é que ficou?


tenho ouvido antiguidades, aquelas que ouvia antes. antes de ir pra são paulo, antes de ter essa idade, antes dessa mudança, antes simplesmente. antes disso ter acontecido. tenho tentado voltar a um passado (antes desse de poucos dias atrás) que tinha sido guardado na última gaveta, depois dos beijos, dos abraços, dos planos e em meio a pilhas de cadernos e papéis gastos.

trocar de roupa, usar as velhas, usar outras novas, pensar na forma de algum sapato, desenhar, sem compromisso. tirar a poeira de mim mesma e do armário. e também do cd "mais do mesmo", da legião urbana na hora de ir tomar banho.

"
Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre
Vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente
Estou cansado de bater e ninguém abrir
Você me deixou sentindo tanto frio
Não sei mais o que dizer

Te fiz comida, velei teu sono
Fui teu amigo, te levei comigo
E me diz: pra mim o que é que ficou?
"

"
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...

Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
"

o/

Black Coffee

Tomando um agora, na verdade, forte e sem açúcar. O café e o momento me fazem lembrar daquela música da Ella Fitzgerald, named Black Coffee. Que aliás, a banda gaúcha Delicatessen faz uma versão doce e bastante competente da música. Vale a pena ouvir!

"
I'm feeling mighty lonesome
Haven't slept a wink
I walk the floor and watch the door
And in between I drink
Black Coffee
Love's a hand me down brew
I'll never know a Sunday
In this weekday room

I'm talking to the shadows
1 o'clock to 4
And Lord, how slow the moments go
When all I do is pour
Black Coffee
Since the blues caught my eye
I'm hanging out on Monday
My Sunday dream's too dry

Now a man is born to go a lovin'
A woman's born to weep and fret
To stay at home and tend her oven
And drown her past regrets
In coffee and cigarettes

I'm moody all the morning
Mourning all the night
And in between it's nicotine
And not much hard to fight
Black Coffee
Feelin' low as the ground
It's driving me crazy just waiting for my baby
To maybe come around

My nerves have gone to pieces
My hair is turning gray
All I do is drink black coffee
Since my man's gone away
"

au revoir.

domingo, 18 de janeiro de 2009

O início de algo novo

Um diário, eu acho, ou talvez recordações, adendos... Falar pro mundo o que eu quero e o que eu gosto. Mas ainda assim é algo só pra mim, meu. Completa minha necessidade de expressão. É meu caderno virtual, portfolio, minhas ideias vão começar a fluir aqui. E é isso. Enjoy! :)

"
quando dou pra ti
sou mulher

quando dou por mim
solidão
"

Martha Medeiros.