sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

a paz nos olhos, nos meus olhos

algumas pessoas me inspiram. não "hai" de dizer quem são. mas são, e me inspiram.

life is changing. my life is really changing. e por opção prróprria. crê? eu sim. eu acredito. eu acre-dito. e acho que é isso que me leva ao próximo passo, à próxima decisão. ao próximo emprego que quero ter. à próxima faculdade que vou fazer. ao próximo país que vou visitar. às próximas pessoas que quero conhecer. e quero conhecer o mundo todo.

me sinto bem... (um suspiro e um sorriso de canto de boca)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

nunca me senti assim tão terrivelmente miserável. tão mal e com vontade de vomitar na vida.
vontade de não ter mais vida, vontade de gritar muito alto e mandar tudo - tudo - se foder.

caralho, porque tudo tem que ser assim...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

nota a mim mesma

com um pote de sucrilhos açucarados - sublinha-se - ao lado, escrevo nessa maldita segunda-feira de carnaval. maldita menos pela falta do que fazer que pela solidão. solidão essa que eu mencionei incontáveis vezes, aquela ocre, maligna, que toma conta da alma e não me deixa fazer muita coisa. me amarra dos pés à cabeça, fico feito múmia deparando a solidão ocre. diferente da púrpura, ela só sabe o ódio, a angústia, a ansiedade. desconhece valores como carinho, compreensão, solidariedade. deus, até parece cartão de aniversário... ia falar "amor", mas não achei pertinente, visto que amor é um ato, não um valor. será?

hoje fiz poucas coisas, mas fiz bem, coisas boas de se fazer, mas hoje elas estavam difíceis. tudo parecia ter um peso fenomenal, precisava empurrar tudo, inclusive meu corpo fora da cama. do sofá cama, melhor dizendo, que, aberto, me chamou pra deitar nele e eu fui. e lá fiquei até quase duas da tarde, quando essa força descomunal, duzentas e dezenove vezes mais poderosa que eu, me sugava as energias, me puxava pro meio do sofá cama, pra parte mais macia, pro cheiro bom - aquele cheiro de dormir - no travesseiro. mas com pouca vontade - mais pra me livrar do peso na consciência de não ter feito nada o dia inteiro - levantei e fui ler. eu acho... devo ter feito qualquer coisa antes, mas o fato é que li. li ao som da chuva iminente e do ronronado da minha gata junto às minhas pernas. li em voz alta, li com o corpo, interpretei as páginas do livro como se imita alguém com muito entusiasmo. mas li pouco. li pouco, mas li bem. mas mas mas mas... sempre uma oposição, né? ao que se disse primeiro. sempre dois lados de uma situação, fato, acontecimento... sempre me contrario. uma contradição completa a pessoa, sabia? completa.

e então, depois da leitura que tinha que acontecer, amarrei o cabelo num coque baixo com o elástico que saiu da minha sapatilha cor-de-rosa de ballet. aquela que eu usei ad nausea pra dançar no grupo tanz, lá em passo fundo. aquela que eu gastei aprendendo o que é ficar bem com o próprio corpo, saber meu limites e saber que posso ir além do que achava que podia. quis lembrar desse tempo, como volta e meia faço, sozinha de cortinas fechadas. coloquei todos os fios pra trás, bem presos e lisos, e dancei. primeiro com a voz de ney matogrosso, depois ao som dos anos sessenta de brigitte bardot e, por último, vampire weekend. sem coreografia, sem uma linha definida, nada, simplesmente sentindo a música e interpretando do meu jeito.

é bom fazer algo sem roteiro, de vez em quando. ou sempre... sabe? fazer o que quiser, o que realmente quiser, somente sob tua influência e julgamento. precisei me esforçar, mas quando se chega ao ponto de entendimento da vontade própria, basicamente de saber com certeza o que se quer (o que eu acho sinceramente uma tarefa dificílima, visto que se sabe pouco, muito pouco, sobre nós mesmos) a alma atinge uma leveza indizível. mas é aquele instante, aquele segundo de lucidez extraordinária, que logo se perde no vazio, no pensamento, na tarefa, no miado, na cadeira, na guitarra, em distrações diversas. e isso que é bom, que seja raro e demande muito, porque se ele se fosse fácil e se mantivesse, cairia no ordinário e pouco importaria...

mas é isso. somente divagando por aqui, dividindo o sentimento/pensamento. que parece que podem se tornar uno. eu até diria que devem, porque se complementam... e no meu caso, ainda mais agora, com o coração confuso desse jeito...

um beijo.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

hoje

e ontem e amanhã.

tudo pacato. nunca vi são paulo assim... e aquela paranóia de não fazer nada no sábado à noite chega de vagarinho e se instaura, decidindo se apoderar da minha sanidade.

esse carnaval veio como uma onda maligna que me derruba master. aff.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

oi, me dá um cigarro?

e assim começou.

...

e a única coisa que posso dizer é que precisei olhar aqueles olhos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

sem assunto numa manhã chuvosa de são paulo. nublada e cinza.

...e aos poucos me desencanto gradativa e felizmente.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

parece cocaína, mas é só tristeza.

... e eu me atrevo a completar renato com a palavra "nostalgia". e outra ainda, saudade.

uma merda me sentir assim. esse sentimento. esse sentimento de... não ter, não possuir mais. não poder fazer coisas, como se eu estivesse atada. atada ao tempo, ao sentimento, a você, de mãos atadas... eu quero. mas não posso. puta sentimento traiçoeiro. e o pensamento piora tudo. e claro, a solidão e a trilha sonora também ajudam a criar as mais diversas sensações e estados de espírito. nesse momento, melhores, preciso dizer, mas antes tava FO-DA. aí fui tomar banho, um banho quente, um dos mais quentes que já tomei. parece que acalma, acaricia, acalenta. como um colo de mãe. a situação foi reconfortante, a água descendo pelo ralo, indo, indo, o vapor subindo e se perdendo entre a janela e as paredes de azulejos brancos. a dominique miando de fora, como se pra verificar que eu tava ali mesmo, se eu lembrava dela, e pra me avisar que tava esperando. e novamente a água, ou suor, ou lágrima, escorrendo pelo rosto e pelo corpo pra me abraçar.

e foi bom, e agora to aqui. curtindo minha gata dormindo no sofá, ouvindo legião, à meia luz, com as cortinas escancaradas pro mundo lá fora, sozinha. essa solidão púrpura, bem-vinda, a mesma que experimentei no bar aqui em baixo, com uma latinha de bohemia e as pessoas passando.

pra finalizar, coloco uma frase pescada dentro da mesma música do título - da banda que me abriu as portas para um mundo novo aos meus dez anos:

"muitos temores nascem do cansaço e da solidão". sabe?


e é isso. um beijo.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

sem assunto, só uma temível vontade de dormir ou das coisas que deixei em casa.

é incrível notar que quando eu sento na frente do computador, nada flui.

mais uma noite - e um dia - que passou em claro. em parte pelos pensamentos que não deixaram de atormentar, em parte pela dominique - minha gata (em breve, foto dela), que pedia (leia-se "exigia") carinho. aliás, ela é um doce :) muito bom ter a companhia dela, de verdade. adotei sábado, num casa na paulista que abriga um projeto que re-colhe animais das ruas, o "natureza em forma". e ela me escolheu! fui perto da grade e ela começou a ronronar, tal... tava me divertindo hoje vendo ela brincar com a bolinha nova que ganhou. uma gracinha! fofa.

bom...

agora, no sesc consolação, do lado de casa, usando por 45min a internet grátis daqui. vim comprar o ingresso pruma peça de teatro que vai passar nesse sábado. achei interessante, chama "prêt-a-porter". apesar de não ter a ver com moda, me interessou.

coisas mil aconteceram, veja bem... mas minha descrição tá fraca e preguiçosa, really... me limito a dizer que ainda há confusão na minha cabeça. e no coração. tá, não era pra rimar soando brega, mas anyway, rimou, foda-se. e é verdade. só escrevo a verdade, a minha, a que sinto. e tento traduzir em palavras. palavras... falhas palavras muitas vezes. ainda mais em um texto, escrito correndo, aos berros, assim, confuso.

mas.

não tem mais mas. é isso. e ponto final!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

hoje e essa semana que passou

muitas coisas se passaram pela minha cabeça. vontades, desejos. coisas em geral. pessoas.

tive vontade de escrever. então, escrevi de madrugada, sentada no chão frio do banheiro, sobre a minha falta de vontade de tomar caipirinha. e a minha vontade nostálgica de tomar vodca gelada com limão. mas acabei, por final, tomando uma latinha de bohemia em casa mesmo, ouvindo joão gilberto e conversando com minha mãe. a noite estava agradável e eu tinha vontades.

todas elas.

tive vontade de conhecer lugares. conheci. e de conhecer pessoas. conheci algumas delas, e outros seres especiais, uma delas que acabou de entrar na minha vida, e pra ficar, por um longo e maravilhoso tempo.

tive vontade de passear. passeei. por lugares de gramado, passo fundo, porto alegre e enfim, são paulo. lugares antigos. tive vontade de ver são paulo toda e vi. e gritei de lá de cima, que amo isso tudo.

um beijo.