para curar coração
fígado
e pulmão
só samba lotado
e uma noite de sono
de cara amassada
ah que cálido
meu travesseiro
e as cobertas
macias
ursos de pelucia da minha idade
- mais ou menos adulta -
...
quantos versos gritados
cantados a pleno tórax
a largos goles
a suaves lembranças
diz que fui por aí
levando um violão
... pro mestre
mestre sala dos mares
e só mantenho
lá longe
1200
ou mais quilometros
o pensamento, o sentido
da vida
a distancia dolorida
ah...
cerveja
me amenize
cure
esse apertado dentro do peito
que pulsa
RESPIRAR
FUNDO
é necessidade
sábado, 28 de julho de 2012
sábado, 21 de julho de 2012
consistência
de altos e baixos
a gangorra da vida é feita
um vai e vem de absurdos e
concretas mudanças
decisões que afetam a consistência
dos objetos
das pessoas
das conversas
e vontades
mas nós
seres errados
desde o sempre que se chama sempre
construimos tijolos de pó
sobre promessas
e zelos
e cheios
de cautela
para a montanha russa ficar menos de si
aumentamos a intensidade
e o erro
e o doce acerto
nos aprimoraproxima
e afasta
o corpo fisico tisico coitado
animalesco
e vivemos de pó inconstante
nos altissimos e baixissimos
dessa filosofia
banhada a lembranças
longas e solitarias
quanto de ti ainda na minha
vidamorterespirar
sussurra
não queira acordar meusteus
demônios
um vai e vem de absurdos e
concretas mudanças
decisões que afetam a consistência
dos objetos
das pessoas
das conversas
e vontades
mas nós
seres errados
desde o sempre que se chama sempre
construimos tijolos de pó
sobre promessas
e zelos
e cheios
de cautela
para a montanha russa ficar menos de si
aumentamos a intensidade
e o erro
e o doce acerto
nos aprimoraproxima
e afasta
o corpo fisico tisico coitado
animalesco
e vivemos de pó inconstante
nos altissimos e baixissimos
dessa filosofia
banhada a lembranças
longas e solitarias
quanto de ti ainda na minha
vidamorterespirar
sussurra
não queira acordar meusteus
demônios
domingo, 1 de julho de 2012
o gato em mim
o centro de são paulo
à noite
se torna algo de espectral
lindo e velho
um sábio a dizer as veleidades
de tempos antigos
andar pelas ruas
transitar sobre o minhocão
por mais gente moderna
que se veja passando
parece que tudo
soa um pouco jazz
pequenas gotas de outrora
como uma bala de funcho
verde-mato
translúcida e doce
que a vó colocava no chimarrão
lembranças, novamente
me surgem, como um déja vu ininterrupto
que se propaga na amiga, nas pessoas, nos passos, no passo
fundo
ah o centro antigo à noite
me traz algo de fellini - de felino
uma profunda
vontade
de enroscar o rabo nas pernas alheias
e pedir carinho
e pedir contato
negando veemente
depois do primeiro olhar.
ah que desejo
de despertar o gato em mim
à noite
se torna algo de espectral
lindo e velho
um sábio a dizer as veleidades
de tempos antigos
andar pelas ruas
transitar sobre o minhocão
por mais gente moderna
que se veja passando
parece que tudo
soa um pouco jazz
pequenas gotas de outrora
como uma bala de funcho
verde-mato
translúcida e doce
que a vó colocava no chimarrão
lembranças, novamente
me surgem, como um déja vu ininterrupto
que se propaga na amiga, nas pessoas, nos passos, no passo
fundo
ah o centro antigo à noite
me traz algo de fellini - de felino
uma profunda
vontade
de enroscar o rabo nas pernas alheias
e pedir carinho
e pedir contato
negando veemente
depois do primeiro olhar.
ah que desejo
de despertar o gato em mim
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