um gomo
bola
incômoda
irritante
sou o que eu sou
o que quero ser
a única coisa
que eu posso ser
me tenho
tenho a minha vida
os gostos
que são meus
assumo
assumo minha vontade
de ficar
ou de sair
mais de sair
do que ficar
des
lo
cada
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
crônicas de lembranças, sonhos e frio ou volto pra são paulo hoje e quero muito te ver, tenho saudade, beijo, tchau.
na última vez que estive por aqui
nesse meio cor de rosa
envelhecido
o gato preto
de perto, de pertinho!
os textos
virtuais
ou nem tanto assim...
falei sobre passofundo, lembram, de certo
e cá estou num momento breve
breve feriado, aquele que a gente nem sabe
nem sabe porque é
por quem é
mas é dia que descansa
calmo e quase vil nas pequenas
cidades
chefe libera
redação não trabalha
passofundo à vista
15 horas de ônibus
incômodo e quente
da poltrona que não deita
da vontade de deitar
chega e fica e conversa e passa
o relatório de dois meses
o futuro
o que se pretende
o que se quer
eu quero.
só sei disso
o que
é que não dá
pra saber
talvez nunca se saiba
- esse que é afinal o mistério
e a graça
de tudo.
eu quero
os gatos
os pais
a ninhada de cachorros
ainda purulenta de ter nascido
o frio
a veiarada
gringos, gritam
fazem comida
bebem vinho
quero a grama e quero
o sentimento
quero sentir
sentir o vento gelado
no rosto branco
cortando o lábio
vermelho
fazendo nascer lagriminhas
que escorrem do canto
dentro do carro
o som ligado
uma voz distante
doce
que me diz rasgue as minhas cartas e
aí lembro lembro lembro
daqueles dois meses ou mais
não lembro
que fiquei sem
você.
que o peito doía
sem querer
sem saber
de nós dois e
ia
de mal a pior
lembra?
e sinto a vontade de correr
de ficar no relento
colocar a cabeça pra fora
deixar o cabelo
voar solto
no ar
que corta e aniquila
sorrir
ao ver de longe
o belo degradê
do por do sol
no cinza e azul céu que traz mais
.
.
.
nesse meio cor de rosa
envelhecido
o gato preto
de perto, de pertinho!
os textos
virtuais
ou nem tanto assim...
falei sobre passofundo, lembram, de certo
e cá estou num momento breve
breve feriado, aquele que a gente nem sabe
nem sabe porque é
por quem é
mas é dia que descansa
calmo e quase vil nas pequenas
cidades
chefe libera
redação não trabalha
passofundo à vista
15 horas de ônibus
incômodo e quente
da poltrona que não deita
da vontade de deitar
chega e fica e conversa e passa
o relatório de dois meses
o futuro
o que se pretende
o que se quer
eu quero.
só sei disso
o que
é que não dá
pra saber
talvez nunca se saiba
- esse que é afinal o mistério
e a graça
de tudo.
eu quero
os gatos
os pais
a ninhada de cachorros
ainda purulenta de ter nascido
o frio
a veiarada
gringos, gritam
fazem comida
bebem vinho
quero a grama e quero
o sentimento
quero sentir
sentir o vento gelado
no rosto branco
cortando o lábio
vermelho
fazendo nascer lagriminhas
que escorrem do canto
dentro do carro
o som ligado
uma voz distante
doce
que me diz rasgue as minhas cartas e
aí lembro lembro lembro
daqueles dois meses ou mais
não lembro
que fiquei sem
você.
que o peito doía
sem querer
sem saber
de nós dois e
ia
de mal a pior
lembra?
e sinto a vontade de correr
de ficar no relento
colocar a cabeça pra fora
deixar o cabelo
voar solto
no ar
que corta e aniquila
sorrir
ao ver de longe
o belo degradê
do por do sol
no cinza e azul céu que traz mais
.
.
.
quinta-feira, 25 de março de 2010
chá branco
quase sinto o gosto
da chuva que caiu
duas horas e minutos
atrás
quase sinto
o gosto do concreto molhado
do trem cheio
das pessoas suadas
cansadas
de tanto cotidiano
de tanta são paulo
quase sinto
ao fechar os olhos
e inalando a poluição
o cheiro de mato
o cheiro do cocô de galinha
de terra úmida
de flor de jasmin
das tulipas
moribundas da geada
quase, mas só quase
sinto junto à fumaça
e aos carros indiferentes
o cheiro da casa da vó
cheiro de pão vindo
quente!
cheiro
e som
do fogo crepitando
o fogo do conselho!
sinto cheiro dos dias
que já foram e não voltam mais
não é saudade
exatamente
é mais nostalgia
a lembrança
o presente querendo ser esquecido
por minutos
apenas
essa memória
vem
aos largos goles
pelo canudo, fino
para preservar o batom bordô
de dia nublado
dando esses largos goles,
então,
de sede
no doce e saudável
chá
branco
.
.
.
quase sinto passofundo tragável.
da chuva que caiu
duas horas e minutos
atrás
quase sinto
o gosto do concreto molhado
do trem cheio
das pessoas suadas
cansadas
de tanto cotidiano
de tanta são paulo
quase sinto
ao fechar os olhos
e inalando a poluição
o cheiro de mato
o cheiro do cocô de galinha
de terra úmida
de flor de jasmin
das tulipas
moribundas da geada
quase, mas só quase
sinto junto à fumaça
e aos carros indiferentes
o cheiro da casa da vó
cheiro de pão vindo
quente!
cheiro
e som
do fogo crepitando
o fogo do conselho!
sinto cheiro dos dias
que já foram e não voltam mais
não é saudade
exatamente
é mais nostalgia
a lembrança
o presente querendo ser esquecido
por minutos
apenas
essa memória
vem
aos largos goles
pelo canudo, fino
para preservar o batom bordô
de dia nublado
dando esses largos goles,
então,
de sede
no doce e saudável
chá
branco
.
.
.
quase sinto passofundo tragável.
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