quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

ai. ai?

o que é um ai, porra??

odeio ais.
odeio isso e aquilo e tu e tu também.
detesto minha vida nesse segundo.
detesto as peças malditas que ela me prega, filha duma puta.
me odeio agora.
odeio amar e odeio odiar.
tenho vontade de gritar alto, muito alto, mais alto que eu posso, que minha voz suporta.
quero parar de suportar.
quero viver, quero ser eu, quero ser frágil.
chega de força. não sou mais forte. não quero ser forte.
não quero café. nem vodca, nem porto alegre, nem são paulo.
muito menos passo fundo.
não quero nem eu mesma.
não me basto em mim mesma. não quero mais viver dentro de mim.
quero sair do meu corpo, branco, mole, que me enoja agora.
quero voar fora do mundo, quero parar tudo, quero FALAR.

QUERO FALAR.

QUE ODEIO. QUE AMO.

que sou humana, merda, e que me confudo, e que detesto tudo isso que me acontece.
que perco a concentração na minha vida e ME perco. saio dos trilhos, sigo outro caminho, outros rumos.
volto atrás, sigo adiante, oscilo entre o que eu quero e o que eu preciso. não sei o que é mais importante, sinceramente.
isso porque eu sou humana. HUMANA e totalmente perdida.
não quero ver ninguém, quero só gritar pro mundo acordar do sonho que vive.
do sonho que eu vivo.
e começar tudo de novo, me redescobrir, me achar novamente, novamente.
parar com essa coisa de amor. de alma. de coração.
não quero mais o fogo, o pesado, o duro, pra eu saber me suportar.
chega disso tudo.
quero coisas novas, quero começar do zero de novo.

quero chorar e quero colo. e quero amor. chega de sofrimento, por favor, destino, vida de merda, chega disso, to cansada demais agora pra ganhar outro tapa na cara.

quero desabar. de verdade. da verdade.
quero amenizar tudo, quero leveza.
quero plumas ao invés de pedras.

não te quero mais.
nunca mais.
agora chega disso.
não vou mais pedir.
já entendi que não me ama mais.
que não me ama mais.
e por mais que eu peça, ignore. me bata, bem forte, pra eu acordar.

quero outra coisa agora.
alguém que me dê amor.
esse alguém que me dá colo quando eu peço.
e quando eu não peço.
me dá casa, comida e carinho. e compreensão.
e cheiro.
por mais confusão que se passe na minha cabeça e no meu coração
sei o que eu devo fazer.
e te quero.
quero o "nós" acontecendo.
de verdade.

mas.
por enquanto.
me quero.
só não sei até quando.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

leveza

a alma fica gradualmente leve.
a minha, aquela que talvez seja pesada.
ainda não sei, ainda não conheço ela direito.
e contrariando milan kundera,
essa leveza não é insustentável, nesse momento ela é
indubitavelmente
bem-vinda.
tento não procurar o sentimento mais.
tento não entendê-lo.
mas também não quero...
quero outra coisa
quero ir e quero ficar
e me olhar mais
perceber as pessoas
perceber
o amor
alheio.

e quero a vida.
eu escolho a vida.

por mais que eu nem consiga dizer o que tudo isso significa, são só coisas do coração...

indecifrável.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

estado atual das coisas

porto alegre surpreende
vez em quando um lindo menino
vez por outra um fog londrino

martha medeiros

traduz... é. simplesmente traduz.

boa noite e um beijo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

boa noite

perceber certas coisas dói.
dói tomar consciência da solidão.
aquela que tu não quer. e nem sabe mais direito como aproveitar.
perceber o sentimento dói.
perceber o teu sentimento ali ainda dói. aquele que tu não quer mais nem ouvir.
perceber que o sentimento do outro não está mais ali dói. ainda mais, dói.
e dói sozinha, a ferida aberta, aquela que se cospe em cima e acha que cicatrizou.
aí de repente, com uma unha escorregada,
ou a toalha áspera depois do banho,
se arranca a casquinha, frágil, ainda avermelhada.
e volta a arder fundo, de novo, e sabe-se lá até quando.
dói sentir.
a falta que tu faz. e a falta que eu não faço mais.
dói lembrar que passa a cobertura completa da fashion week no gnt
e eu não estou lá assistindo.
e dói ainda mais saber que eu não quero assistir
e que o estopim do meu desisteresse foi tu.

dói não ser querida. dói não ser desejada. especialmente quando se deseja. dói, sempre dói, a solidão empurrada goela abaixo, como olhar por poucos segundos a cama vazia numa noite de sábado. e como diz bukowski sobre a cama vazia...

"
when you look at that empty bed
do not always consider it a defeat -
a sexual starvation, perhaps -
but there's more room to stretch the legs
and the arms.
there's room to consider and to think and to wait.
"

e é isso. continuar, caminhar, ir, frente, em frente, never look back, mudando o ambiente, mudando de expectativas, de esperanças. mudando de mim.

boa noite e um beijo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

hoje

fui assistir o filme "crepúsculo". aaaaam... sem comentários!

olha, lógico que não é nenhum clássico do cinema alternativo russo dos anos 30, mas a história é interessante e eu estou fragilizada, OK?!!? então, entendam, dramatic moment rolando aqui! tipo... ela é humana e ele é vampiro. se apaixonam, mas é complicado de ficarem juntos (por que será?) e ele quer comer ela. ou melhor, chupar ela. ou melhor, chupar o sangue dela. isso, vá lá... não é nada romântico, MÃS, o cara... bom... fato é que o cara é um fofo, simplesmente, lindo, maravilhoso, carinhoso, culto, dança, toca piano, sobe em árvores contigo nas costas, corre que nem condenado, te salva de morrer esmagada e ainda por cima aaaama ela. quer coisa melhor? claro, o "detalhe" é que ele é vampiro, só isso... mas foooora isso, ele é o máximo e toda mulher queria sim um vampiro daqueles.

uma frase dele, falando pra ela: "Bella... you are my life now!"

quase morri nessa hora. derretimento total, sério! e outra, rolou até um radiohead - do disco in rainbows deles - no final! muito bom... o figurino? bom... não era pra olhar pro figurino, e sim, os personagens, criar uma personalidade em torno daqueles personagens. então, as roupas se repetem e são roupas com pouca repercussão, basicamente pra dizer que ela - a bella - era uma guria que não tava nem aí pro que vestia e ele... hmm... ele também. mas toda a classe vampiresca era mais elegante, mas bem vestidos que todos os outros. interessante pensar sob esse ponto de vista, porque eles passavam um ar de superioridade em relação aos humanos, em todo o filme, e as roupas só ajudavam, destacavam esse ponto.

ou isso tudo é devaneio, sei lá. @@

e é isso, sem muitos detalhes, sentimentos, e tal, só fatos descritos...

amanhã, ou hoje, terá mais. provavelmente. um beijo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

foto.

da série "eu" essa foto do lado. ou pra ser mais específica "eu-não-sou-fotogênica-e-odeio-minhas-fotos-com-a-cara-comprida-e-tento-disfarçar-com-o-preto-e-branco-mas-mesmo-assim-me-autofotografo-ridiculamente".

é brilhante o que um ser humano faz quando tá com seu tempo livre, sensacional...

ainda me fascina

tudo em ti.
o dia tá bonito, ensolarado. o sol brilhando alto e quente, contrasta as coisas ao redor, explode as cores nos objetos, na grama, nas pessoas... como tu chegou a comentar ontem, oportunamente. e a coincidência fez o resto! mas de verdade prefiro o nublado e o frio, me aquecem mais, me confortam.

hoje... um dia normal. me sinto... bem, nem feliz, nem triste, nem procuro nada, nem ninguém. só estou aqui, nesses últimos dias na capital nacional da literatura, existindo. e a fashion week acontecendo!

ontem assisti o desfile da 2nd floor, grife "jovem" da ellus, e a inspiração era o antigo, os para-quedas, os aviões... e os modelos pareciam caminhar sobre as nuvens, por conta da fumaça de gelo seco (suponho) no chão. tinha uns balões brancos também na passarela, deixando tudo com cara de conto de fada, bem lúdico... e a trilha sonora ficou por conta de um pianista novinho chamado, se não me engano, vitor araújo. as roupas ficaram muito bem feitas, delicadas e com um toque quase infantil... os tecidos, os aviamentos, as lavagens, as modelos... tava tudo muito bonito.
chorei ao ver, achei tudo lindo, sensível, delicado. e tipo.. não foi o melhor desfile, mas foi ele que despertou em mim.. "algo". poucas vezes eu me dou conta do que eu faço, de como eu amo isso, sabe? de coração, é a melhor profissão do mundo! e o que dizer mais? a moda é maravilhosa, o sentimento que se tem de ver aquilo feito, depois de tudo que se passou, pensando, trabalhando "ad nausea", tal.. é incrível, não consigo achar muitas palavras, ou melhor, as palavras certas pra definir muito bem a sensação... e o que é a moda... pra mim.

mas acho que deu pra entender... um pouquinho.. é isso. ;)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

é, deus...

parece que vai ser nós dois
até o final
eu vou ver
o jogo se realizar
de um lugar
seguro
...
seguro-oooo

um pouco de mim

o frio bem vindo, o vento no cabelo... me devasta, me pergunta, me invade, interfere nos meus pensamentos. que estou só pra eles agora, sentimentos mudos no momento.
os pequenos pelos loiros do braço procuram calor e só encontram o espaço vazio, a praça às sete da noite, as pessoas anônimas. ao som de "la question" eu parei de ler poesia e com "ne me quitte pas" mudei de banco. esse frio só completa a lembrança dos dias solitários, os passados e os que estão por vir. essa sensação frágil, que qualquer "olá" alheio pode quebrar, de solidão querida, de estar comigo mesma e ao mesmo tempo de não me sentir sozinha, mas estar com tudo que me rodeia, as árvores, os prédios, os sentimentos, as histórias, o frio numb, o sino da catedral...
e até meu cabelo que faz minha visão oscilar e minha letra ficar toda inclinada pra direita.
algumas nuvens escuras no céu me fizeram perceber que começava "f... comme femme" no mp3. que me faz ter consciência que eu sou mulher, e adoro isso.
te contar uma coisa... eu tava com saudade de mim mesma.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

e me diz: pra mim o que é que ficou?


tenho ouvido antiguidades, aquelas que ouvia antes. antes de ir pra são paulo, antes de ter essa idade, antes dessa mudança, antes simplesmente. antes disso ter acontecido. tenho tentado voltar a um passado (antes desse de poucos dias atrás) que tinha sido guardado na última gaveta, depois dos beijos, dos abraços, dos planos e em meio a pilhas de cadernos e papéis gastos.

trocar de roupa, usar as velhas, usar outras novas, pensar na forma de algum sapato, desenhar, sem compromisso. tirar a poeira de mim mesma e do armário. e também do cd "mais do mesmo", da legião urbana na hora de ir tomar banho.

"
Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre
Vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente
Estou cansado de bater e ninguém abrir
Você me deixou sentindo tanto frio
Não sei mais o que dizer

Te fiz comida, velei teu sono
Fui teu amigo, te levei comigo
E me diz: pra mim o que é que ficou?
"

"
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...

Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
"

o/

Black Coffee

Tomando um agora, na verdade, forte e sem açúcar. O café e o momento me fazem lembrar daquela música da Ella Fitzgerald, named Black Coffee. Que aliás, a banda gaúcha Delicatessen faz uma versão doce e bastante competente da música. Vale a pena ouvir!

"
I'm feeling mighty lonesome
Haven't slept a wink
I walk the floor and watch the door
And in between I drink
Black Coffee
Love's a hand me down brew
I'll never know a Sunday
In this weekday room

I'm talking to the shadows
1 o'clock to 4
And Lord, how slow the moments go
When all I do is pour
Black Coffee
Since the blues caught my eye
I'm hanging out on Monday
My Sunday dream's too dry

Now a man is born to go a lovin'
A woman's born to weep and fret
To stay at home and tend her oven
And drown her past regrets
In coffee and cigarettes

I'm moody all the morning
Mourning all the night
And in between it's nicotine
And not much hard to fight
Black Coffee
Feelin' low as the ground
It's driving me crazy just waiting for my baby
To maybe come around

My nerves have gone to pieces
My hair is turning gray
All I do is drink black coffee
Since my man's gone away
"

au revoir.

domingo, 18 de janeiro de 2009

O início de algo novo

Um diário, eu acho, ou talvez recordações, adendos... Falar pro mundo o que eu quero e o que eu gosto. Mas ainda assim é algo só pra mim, meu. Completa minha necessidade de expressão. É meu caderno virtual, portfolio, minhas ideias vão começar a fluir aqui. E é isso. Enjoy! :)

"
quando dou pra ti
sou mulher

quando dou por mim
solidão
"

Martha Medeiros.