domingo, 16 de setembro de 2012

sábado já domingo

é no silêncio do quarto iluminado, de vermelho sangue, na madrugada de um supostamente feliz sábado, que organizo a vida em mim. arrumo ideias, dobro e desdobro sentimentos e energias, coletados ao longo da semana. tento entender. a razão sempre passou longe dos meus passos, a intensidade de um coração vadio é a minha realidade, é Caroline. e, sem conseguir mudar esse fato, embora tentativas não faltem - unicamente para evitar novas agrurasferidascicatrizes, compreendo e aceito, me aceito. tiro o batom roxo, os brincos douradospesados de ontem, as meinhas de lurex prata, e olho meu reflexo no espelho grande. sou eu, sei bem quem sou, me encontrei no instante mais ordinário, no cotidiano mais intensamente cruel. deitei na cama arrumada de costas nuas e solitárias. disse num sussurro amigo pra mim mesma: tu é uma coletora de momentos bons e ruins, mais uma bofetada da vida não faz muita diferença. hai que tener cojones, Caroline.

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