quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

em chamas ou das sobriedades da alma do doze do doze do doze

e que travessia é essa?
de mar e terra crua
minhas
pálpebras se mantem acesas
na obviedade do então
do antes
e o agora claro
de doze melenas
fez-se presente
como pétala sobre poça
chuva que não veio
e me entendeu humana
na ausência toda
da esperança
vasta
estúpida
sentir
mento
que move mundo
e montanha
russa
roletas e afins
atira!
joga!
move!
arrisca
barganha
ganha
teu próprio
eu

despedaçado, desmilinguido
apodrecido na memória
da tua, de seres
atrapalhando o entender
racionalsentimental
de tudo que outrora
existiu

suspira
sente o ar inócuo
a cidade que te
chama
que clama
teu nome mais profundo
mais profano
ouve
o vento longe
que grita

acorda!
acorda!

é verdade
é alegria
alegria

dancemos
celebremos
a chegada
de novos
eus

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