domingo, 25 de novembro de 2012

questões dominicais ou das memórias empilhadas em caixas de papelão

às vezes
il faut
dar a cara
ao tapa
mesmo sabendo
do estalo na pele
da dor da batida

às vezes
preciso questionar 
a vida
o rumo dos destinos alheios
o meu rumo de mundo 
colocar cartas, pau e razões 
na mesa
e perceber
aceitar
mudar
erros e acertos

me pego 
de noite 
cabelo voando 
na janela pequena
o quarto vermelho
o silêncio da cidade
inspirapensareflete
o mundo de dentro pra fora

absorve tal esponja
as escolhas os caminhos a beleza
a feiura
de certos momentos
e pergunto
para nuvens
que deus é o meu
que crença e falta de 
é essa que sinto

e finalmente
como num único labirinto
apertado e ululante
chego no fim
de um pensamento de
massa cinzenta
batidas no peito

com cara de ó
levanto interrogações...

o certo 
é o melhor
a ser seguido?


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