quinta-feira, 4 de outubro de 2012

alegria, alegria

de um frescor matinal
uma brisa de sol, de luz, de vida
entra na rotina
fácil, frágil
que caminha cambaleante e alegre
a ventos breves
 
coração vazio
com gavetas somente de amarfanhados
e retratos e retalhos e cartas
passadas
antigas como o tempo
lembro, lembro
mantenho (te)
com amor e fogo, na espera
de algum dia
 
uma promessa
de dia a dia
cotidiano junto
de gatos, livros e calor
quem sabe...
intuição
destino
cabala?
e no agora
de segundos rápidos
sigo
sem eiras
nem passos
sem porquês
nem gente
que nada
significam.
mantenho apenas
o coração leve
o cabelo solto...
ah! alegria
alegria!

Um comentário:

  1. e você linda.
    perdida entre prédios e ruas centenárias.
    entre o mofo e o frescor úmido da grande capital.

    você feliz com o sol que arde por cima das nuvens (ou será poluição?)

    na memória, os fantasmas murmuram pelos cantos.
    na memória, eu grito pedindo espaço, neste circo de espantalhos roucos.

    uma promessa?

    - de quem já esqueceu como se reza, aos poucos, uma preza, uma prosa, uma palavra sorridente.

    os livros,
    os gatos,
    os passos esquecidos atrás da estante.



    tomei um café pensando em ti, esta manhã.

    sobre como éramos donos do mundo.
    mestres de tudo aquilo que havia diante de nós.

    e como sobram ecos e risos engarrafados pelos trapos espalhados pelo chão!


    ah, minha querida..
    saudades de te ver dançar,
    pequena bailarina.

    enquanto ressoava versos repetidos de outros carnavais.
    ainda os repito.
    em segredo.
    em silêncio.
    pelo tempo perdido.

    e os futuros que não me custa sonhar.


    uma coisa é clara: a cabala é séria.
    mas sorri de mansinho.

    um sorriso em troca e um gole de vinho.
    quem poderia pedir mais?

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